Estava eu ali na praceta a gozar a fresquinha da noite, quando me contaram esta:
Uma criança muito meiga e amiga do seu amigo, ao participar nos trabalhos pedidos pela professora, ao apresentar a sua composição , sobre o que pensa da sua escola...
||| A minha escola sendo pequenina e muito bem arranjada...
Como se fosse um jardim... Os alunos, somos como flores... A professora, como se fosse um monte de estrume, que nos faz crescer belos, fortes e luzidios... |||
E decididamente difícil ser professora...
Agora, para desanuviar um pouco o ar das professoras, claro que não era ofensa nenhuma mas simples interpretação da criancinha... Fica aqui este dialogo precioso entre um espanhol e um alentejano...
||| Tinha acabado de chegar ao Alentejo uma excursão de espanhóis. Ao verem um alentejano, o guia comunicou aos passageiros:
- Ahora me voy hablar con ese portugues ... - e foi ter com o alentejano:
- Hola , como to llamas?
- Toino ...
- Yo también me llamo Antonio ! Cual és tu profesión ?
- Sou músico...
- Yo también soy musico... Y que tocas?
- Toco trompete, e tu ?
- Yo también toco trompete. Una vez fue a la Fiesta de Nuestra Señora de los Remédios y toqué tan bien , que la Señora bajó del andor y empezó a llorar.
E replicou o alentejano:
- E ê fui uma vez à Festa do Senhor dos Passos e toquei tan bem, tan bem, que o Senhor largou a cruz, agarrou-se a mim e disse-me: "Ah, g'anda Toino , tocaste melhor que o cabrão do espanhol que fez chorar a minha mãezinha!" |||
Tenham todos um bom São João e fim de semana, e esqueçam a maldita crise... Essa ainda não vê o fundo do túnel ...
Foi com enorme espantamento " que, ao chegar a casa hoje, encontrei alguns comentários de "meninas" em várias páginas que, ao que parece andam com "o manjerico " bastante em baixo. Sabe-se que o manjerico gosta de água mas não deve gostar de trovoada.
Deve ser por isso.
Eu trago aqui este meu manjerico que está bem fresquinho, mas não gosta de água da rede, é como o canário, também se vai abaixo... Para tudo é preciso um pouco de arte...
Brinquem com ele, não o estraguem que deu muito trabalho a pô-lo assim fofinho e verdinho...
Para não lhes acontecer uma coisa parecida com um tipo que residia aqui perto e, também se foi abaixo, não sei se por causa do manjerico, mas nunca fiando. O melhor é ter sempre muito cuidado.
Esse moço, aqui há tempos, andava a ficar bastante sorumbático , sempre cabisbaixo, de poucas falas e, cada vez se via menos por aí...
Há dias contaram que aqui há uns dez anos, altura em que deixou de ser visto, saiu de casa e disse à mulher, vou ali comprar cigarros e volto já, como aliás era costume dele.
Fui mas, não apareceu, foi procurado em toda a parte mas, ninguém o encontrou. Há dias aparece em casa, como se nada fosse, assim pela tardinha e, depois de bater na porta, vê aparecer a mulher, que não via à dez anos.. Claro que começou logo um "escabeche" dos antigos, a mulher parecia uma matraca, nem queria saber o que levou o homem tanto tempo a ir comprar cigarros.
E o homem, a olhar para ela, para os filhos, os vizinhos que com o barulho da mulher se foram aglomerando... Devia estar já a passar-se com tanta baboseira e, de repente, com a admiração de todos !!! simula com um toque na testa, que algo se passava de anormal e diz em alta voz:
||| Fôda-se , esqueci-me de comprar os fósforos e, abalou por aí fora...
Por isso dou-vos um conselho de amigo; tratem bem os vossos manjericos, para ficarem bonitos como o meu. E um grande viva o São João, que está aí a chegar. Gozem muito a santinho e dêm umas boas marteladas com o "alho pôrro...".
N O H O S P I T A L * * * * *
Recentemente, foi decretado num grande hospital uma norma que regerá no futuro a aceitação de doentes para consulta.
PS:- Parece que, para restringir ainda mais a afluência de "falsos doentes", colocaram uma "ratoeira" bem radical, na caixinha das senhas para inscrição como doente.
Muito espertos..., bem à portuga...
Vê aqui a bela da "ratoeira..."
Sempre houve e haverá, embora cada vez menos, situações em que as pessoas se sentem extremamente constrangidas, desde pouca idade... O que leva por vezes a que, as salas de manicómios, consultórios médicos, etc., tenham tido desde há muito uma assiduidade de visitas e/ou permanência de gente jovem, situação que poderia ser dispensável não fora, o atraso enorme e a incapacidade de os pais, as tias e outros seres, de começarem a encaminhar com conhecimentos da vida que estas jovens precisariam, para não caírem no ridículo e melhor, para não caírem num hospital ou casa de malucos.
Cheguei a ouvir conversas entre gajas, comentando comportamentos de pessoas mais velhas em relação a elas, jovens, que eram de bradar aos céus. Pôrra que atraso !!! Uma dizia, a minha tia, quando acordo, ia cheirar as minhas cuecas para ver se eu teria feito xixi, mas agora ela sabe que não era por isso, mas para saber se ela teria tido algum sonho bom e depois levava um castigo, a despudorada ... Mas ainda bem que, como dizia ela, não era capaz de fazer isso a suas filhas, pois não chegou a colher esse atraso quando devia ser ensinada devidamente para enfrentar a vida.
O que aconteceu a esta "desinfeliz", é bem sintomático, do atraso das pessoas mais antigas, e ainda sobram algumas assim...
Esta moçoila, linda desde que nasceu, cresceu e tornou-se uma linda estampa, como se vê, para não ficarem dúvidas...
Linda à vista de toda a gente mas, mais uma que não tinha um metro de terra livre para se sentir uma mocinha normal, sempre presa aos grilhões duma família tradicionalmente atarracada, em tudo. A moça começou a sertir que o que Deus lhe deu, aque corpinho e o gosto pela vida não estava de acordo com a maneira como os pais a atazanavam diàriamente .
E um dia, como nem sequer tinha ordem para falar com ninguém na rua, nem ter um namorado, com tantos que a procuravam, resolveu, vou para um convento..., e foi...
Mas aquele bichinho que noite e dia roía aquele corpinho não era capaz de desaparecer...
Um dia, passa pelo convento um padre, novo e bem parecido e a moça, faz tudo para o "entusiasmar" e uma bela noite, travam-se numa renhida luta... Que ela agradeceu a Deus e amaldiçoou os pais e as tias por tanto tempo a a terem agrilhoado e quase ter ficado doida.
Encantada da vida de reclusão, na manhã seguinte, andava ela pelo claustro enorme do convento, correndo, dando pulinhos..., ora levantava uma perna ora outra, mas sempre pulando alegremente, aparentemente...
A madre superiora ao ver a noviça naquelas movimentações de alegria... , interpela a alegre menina que acaba por confessar:
Madre, estou muito preocupada com uma coisa; ontem à noite, fui com o padre Manuel para debaixo daquela linda tília, rezamos e brincamos, ele às tantas mete-me uma coisa assim grande, mas depois ao sair era assim pequenina. Estou desesperada, a ver se a grande sai... "valha-me Deus..."
Moral disto tudo, é mesmo: "O atraso é uma coisa muito desinfeliz ..."
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