Sempre houve e haverá, embora cada vez menos, situações em que as pessoas se sentem extremamente constrangidas, desde pouca idade... O que leva por vezes a que, as salas de manicómios, consultórios médicos, etc., tenham tido desde há muito uma assiduidade de visitas e/ou permanência de gente jovem, situação que poderia ser dispensável não fora, o atraso enorme e a incapacidade de os pais, as tias e outros seres, de começarem a encaminhar com conhecimentos da vida que estas jovens precisariam, para não caírem no ridículo e melhor, para não caírem num hospital ou casa de malucos.
Cheguei a ouvir conversas entre gajas, comentando comportamentos de pessoas mais velhas em relação a elas, jovens, que eram de bradar aos céus. Pôrra que atraso !!! Uma dizia, a minha tia, quando acordo, ia cheirar as minhas cuecas para ver se eu teria feito xixi, mas agora ela sabe que não era por isso, mas para saber se ela teria tido algum sonho bom e depois levava um castigo, a despudorada ... Mas ainda bem que, como dizia ela, não era capaz de fazer isso a suas filhas, pois não chegou a colher esse atraso quando devia ser ensinada devidamente para enfrentar a vida.
O que aconteceu a esta "desinfeliz", é bem sintomático, do atraso das pessoas mais antigas, e ainda sobram algumas assim...
Esta moçoila, linda desde que nasceu, cresceu e tornou-se uma linda estampa, como se vê, para não ficarem dúvidas...
Linda à vista de toda a gente mas, mais uma que não tinha um metro de terra livre para se sentir uma mocinha normal, sempre presa aos grilhões duma família tradicionalmente atarracada, em tudo. A moça começou a sertir que o que Deus lhe deu, aque corpinho e o gosto pela vida não estava de acordo com a maneira como os pais a atazanavam diàriamente .
E um dia, como nem sequer tinha ordem para falar com ninguém na rua, nem ter um namorado, com tantos que a procuravam, resolveu, vou para um convento..., e foi...
Mas aquele bichinho que noite e dia roía aquele corpinho não era capaz de desaparecer...
Um dia, passa pelo convento um padre, novo e bem parecido e a moça, faz tudo para o "entusiasmar" e uma bela noite, travam-se numa renhida luta... Que ela agradeceu a Deus e amaldiçoou os pais e as tias por tanto tempo a a terem agrilhoado e quase ter ficado doida.
Encantada da vida de reclusão, na manhã seguinte, andava ela pelo claustro enorme do convento, correndo, dando pulinhos..., ora levantava uma perna ora outra, mas sempre pulando alegremente, aparentemente...
A madre superiora ao ver a noviça naquelas movimentações de alegria... , interpela a alegre menina que acaba por confessar:
Madre, estou muito preocupada com uma coisa; ontem à noite, fui com o padre Manuel para debaixo daquela linda tília, rezamos e brincamos, ele às tantas mete-me uma coisa assim grande, mas depois ao sair era assim pequenina. Estou desesperada, a ver se a grande sai... "valha-me Deus..."
Moral disto tudo, é mesmo: "O atraso é uma coisa muito desinfeliz ..."
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